Hidrolipo: o que é, como é feita, recuperação e possíveis riscos

A hidrolipo, também chamada de lipoaspiração tumescente, é uma cirurgia plástica indicada para retirar a gordura localizada de várias partes do corpo que é feita sob anestesia local, ou seja, a pessoa fica acordada durante todo o procedimento, podendo informar à equipe médica qualquer desconforto que possa estar sentindo.

Essa cirurgia plástica é indicada quando é preciso remodelar o contorno corporal e não para tratar a obesidade, além disso como é feita sob anestesia local a recuperação é mais rápida e há menor riscos de complicações.

Como é feita a hidrolipo

A hidrolipo deve ser feita numa clínica de cirurgia estética ou hospital, sob anestesia local, e sempre com um cirurgião plástico que domina esta técnica. A pessoa deverá permanecer acordada durante todo o procedimento mas não poderá ver o que os médicos estão fazendo, semelhante ao que acontece numa cesariana, por exemplo.

Para fazer o procedimento, é aplicada uma solução na região que será tratada que contém anestésico e adrenalina com o objetivo de diminuir a sensibilidade no local e prevenir a perda de sangue. Em seguida, é feito um pequeno corte no local para que possa ser introduzido um microtubo ligado a um vácuo e, assim, ser possível ser removida a gordura do local. Após a colocação do microtubo, o médico irá realizar movimentos de vaivém para fazer com que a gordura seja sugada e seja colocada em um sistema de armazenamento.

Ao finalizar a aspiração de toda a gordura desejada, o médico faz o curativo, indica a colocação da cinta e a pessoa é levada para o quarto para se recuperar. O tempo médio de duração da hidrolipo varia entre 2 e 3 horas.

Em que locais pode ser feita?

Os locais do corpo mais indicados para fazer a hidrolipo são a região abdominal, braços, parte interna das coxas, papada (queixo) e flancos, que é aquela gordurinha que fica na lateral da barriga e nas costas.

Qual a diferença entre hidrolipo, mini lipo e lipo light?

Apesar de terem nomes diferentes, tanto a hidrolipo, como a mini lipo, lipo light e lipoaspiração tumescente se referem ao mesmo procedimento estético. Mas a principal diferença entre a lipoaspiração tradicional e a hidrolipo é o tipo de anestesia que se usa. Enquanto que a lipo tradicional é feita num centro cirúrgico com anestesia geral, a hidrolipo é realizada com anestesia local, no entanto são necessárias grandes doses da substância para se tenha o efeito anestésico.

Como é a recuperação

No pós-operatório recomenda-se que a pessoa descanse e não faça esforços, e dependendo da recuperação e da área aspirada, a pessoa pode voltar às suas atividades normais dentro de 3 a 20 dias.

A alimentação deve ser leve e os alimentos ricos em água e os cicatrizantes são mais indicados, como ovos e peixes ricos em ômega 3. A pessoa deve sair do hospital enfaixada e com cinta e esta só deve ser retirada para o banho, devendo ser colocada novamente a seguir.

A drenagem linfática manual pode ser realizada antes da cirurgia e depois da lipo sendo muito útil para retirar o excesso de líquidos que se formam depois da cirurgia e diminuir o risco de fibrose, que são pequenas áreas endurecidas na pele, conferindo um resultado mais rápido e bonito. O ideal é realizar, pelo menos, 1 sessão antes da cirurgia e depois da lipo, deve-se realizar a drenagem diariamente durante 3 semanas. Após esse período a drenagem deve ser realizada em dias intercalados por mais 3 semanas.

Após as 6 semanas da lipoaspiração já não há necessidade de continuar com a drenagem linfática manual e a pessoa pode retirar a cinta, voltando a atividade física também.

Possíveis riscos da hidrolipo

Quando a lipoaspiração tumescente é realizada por médicos cirurgiões plásticos devidamente treinados as chances de complicações são mínimas, já que é apenas aplicada anestesia local e a substância que está presente na injeção evita sangramentos e reduz a formação de hematomas. Dessa forma, a hidrolipo, quando realizada por um médico capacitado, é considerada um procedimento cirúrgico.

No entanto, apesar disso, existe o risco da formação de seromas, que são líquidos acumulados próximos ao local da cicatriz, que podem ser reabsorvidos pelo organismo ou terão que ser retirados pelo médico com ajuda de uma seringa, dias após a cirurgia.

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